;

domingo, 20 de setembro de 2009

A mudança do calendário nacional (parte 2)

Dando proseguimento à nossa série, nessa matéria serão citadas as opiniões do ex-craque Pelé, o presidente Lula e organizadores internacionais.


A adaptação do calendário brasileiro ao europeu tem como principal ponto positivo a diminuição do êxodo de jogadores brasileiros para a fora do país. E é essa idéia que o maior jogador de todos os tempos, Pelé, defende.

- Melhora, mas o importante é a administração das equipes. A mudança é importante para os jogadores não serem vendidos no meio do campeonato – disse o tricampeão mundial, fazendo a ressalva para uma mudança mal feita.




Melhor argumentação, por incrível que pareça, teve o presidente Lula, que também se mostrou a favor da mudança e levantou pontos importantes sobre o tema.

- O que me preocupa é que o Brasil está perdendo os seus jogadores aos 17 anos e os está recebendo de volta aos 32. O Brasil não pode continuar vendendo meninos e trazendo de volta aposentados. Há vinte anos, o Brasil era o país onde se praticava o melhor futebol do mundo. Hoje, o melhor futebol do mundo é praticado na Espanha, na Inglaterra, na Itália, na França, por jogadores brasileiros, por jogadores argentinos, por jogadores latino-americanos.

Ele ainda usou de uma brincadeira para tratar do assunto e prometeu medidas para ajudar a CBF nessa batalha:

- Eu prefiro ver o campeonato inglês, espanhol, italiano. Já estou vendo até o campeonato russo, o da Turquia, daqui a pouco vou começar a assistir ao do Cazaquistão. Temos de fazer uma combinação do calendário brasileiro com o calendário europeu, porque você não pode desmontar um time no meio do campeonato. O que eu quero e que o jogador, ao começar o ano, ele termine aquele ano jogando naquele time, e depois ele pode ir embora, porque entre um campeonato e outro você tem tempo de fazer uma recomposição. Eu pretendo conversar sobre isso com o (presidente da Fifa, Joseph) Blatter.

Outro argumento a favor da mudança, é a possibilidade de times brasileiros disputarem os mesmos campeonatos de pré-temporada que os clubes europeus, que servem para testar as novas contratações e apresentar a torcida o time que disputará a temporada. A organização de uma das mais conhecidas dessas competições, a Copa da Paz, sonha com a participação de brasileiros no curto prazo, mas o calenário nacional é uma barreira enorme.
– Foi exatamente por isso que nenhum clube brasileiro pôde disputar a Copa da Paz 2009. Para levar a competição ao Brasil, seria preciso adaptá-la ao calendário sul-americano – explica Waldir Cipriani.

Entretanto fez uma promessa : – Se conseguirmos levar a edição 2011 aos Estados Unidos, certamente teremos um ou mais clubes grandes do Brasil envolvidos.


Notas :

- Não perca a próxima parte da série com a opinião dos dirigentes dos principais clubes brasileiros; e nossa outra série das divisões de base cariocas!

- Vote na nossa enquete do Brasileirão. A disputa está acirradíssima!

0 comentários:

Postar um comentário

Templos do Futebol - Allianz Arena

Templos do Futebol - Allianz Arena